segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Marcha para Jesus Capão da Canoa


Marchar é andar, ir, caminhar de forma cadenciada e contínua, é enveredar-se numa jornada de maneira regular.

Algumas potências militares organizam marchas e paradas com seus exércitos a fim de demonstrar seu poder bélico, disciplina e organização.

Associações de classe muitas vezes manifestam suas opiniões e fazem ouvir a voz de seus ideais em marchas pela paz, pela justiça ou por quaisquer outras motivações pelas quais se dispõem a lutar.

Marchas, portanto, são exercícios coletivos, organizados, com objetivos pré-estabelecidos e que podem fazer reverberar idéias, causando impressões na sociedade, ajudando a formar a opinião das pessoas.

Podem demonstrar amor ou indignação, sentimentos de paz ou revolta, podem trazer o medo ou o respeito, podem promover a vida ou a morte.

Entre essas manifestações sociais, está a “Marcha para Jesus”. Umas das maiores concentrações populares desta geração evangélica que ocorre anualmente em muitas cidades do Brasil e do mundo ocidental, cada uma na sua proporção, visão e capacidade mobilização.

Fala-se muito da Marcha, sobretudo a de São Paulo, pelos números mirabolantes que ela envolve e pelo duvidoso procedimento de vida de seu maior expoente, todavia, a caminhada dos crentes em unidade pelas cidades do Brasil e de tantas outras nações da terra tem deixado uma marca profética por onde passa.

Embora se divulgue por alguns meios de comunicação muitas situações das quais poderíamos nos envergonhar por causa do nítido despreparo de alguns neófitos em defender sua fé, sei que existem milhares de indivíduos suficientemente crentes para chorar e clamar pela redenção de suas cidades, enquanto marcham e adoram a Deus no meio dessas festas apoteóticas.

Jerusalém realizava grandes festas anualmente, para as quais o povo escolhido marchava das mais diversas partes da terra, a fim de adorar a Deus. Essas grandes mobilizações não são pecado, podem ser uma bênção e podem também desagradar ao Pai, como se vê nas Escrituras. Contudo, não podemos nos esquecer que os verdadeiros adoradores adoram ao Pai em espírito e em verdade e que a aplicação desse princípio é sempre invisível – nunca se vê quem adora desse jeito.

Vi isso em Capão, aqui no litoral Gaúcho neste último final de semana. Vi os olhos brilhantes da Igreja, marejados pela emoção de uma fé renovada na esperança da redenção de sua cidade pelo Evangelho.

Meus olhos vêem o Rio Grande do Sul crescendo, rumando na direção do pleno avivamento através de pessoas comuns, líderes ou não, das mais diversas linhas teológicas e denominacionais, marchando regularmente em unidade, identificados com suas cidades, chorando por elas, ansiando pela manifestação plena de Cristo, reconhecendo contudo sua incapacidade individual e coletiva para que isso aconteça - quebrantamento...

Estamos na jornada certa, creio!

rafa

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